
Em continuação ao processo que tem por objetivo quitar todos os débitos gerados em gestões passadas do clube, o Paysandu Sport Club, por intermédio das suas diretorias Financeira e Jurídica, já gastou R$ 1.120.000,00 de janeiro a agosto deste ano em dívidas trabalhistas e cíveis. Mensalmente, o clube paga a quantia de R$ 140 mil para cumprir seus compromissos com antigos credores.
Vice-presidente de Operações do clube, o advogado Alexandre Pires, que há menos de um mês ocupava o cargo de diretor Jurídico, reafirma o empenho da direção bicolor, a fim de estar sempre em dia com a Justiça. “Dói muito você ter que pagar todos os meses R$ 140 mil referentes a dívidas antigas, mas a gente sabe que é uma obrigação do clube, porque se a gente não conseguir pagar e sanar essas dívidas, nós corremos riscos de bloqueios. Corremos o risco de ter bens a leilão, então é uma obrigação do Paysandu e não tem como fugir disso”, explica.
Recentemente, o Paysandu quitou um débito com o ex-jogador Gilson Grazianoto, que passou pelo clube na década de 1990. Foram 24 parcelas de R$ 25 mil, totalizando R$ 600 mil. “São dívidas muito antigas, que já estão transitadas e julgadas, ou seja, não cabe mais recurso, então só cabe ao Paysandu se organizar e pagar para, quem sabe, daqui a três, quatro anos conseguir utilizar esses R$ 140 mil na montagem de um elenco, na construção de um novo patrimônio, no CT, em melhorias na Curuzu”, exemplifica Alexandre Pires.
Pagamento de dívidas faz parte do planejamento da Diretoria do Paysandu
De acordo com o vice-presidente de Operações, a organização financeira do clube começou em 2013. Quando Vandick Lima assumiu a presidência, houve uma reunião para tratar de processos antigos que já foram transitados e julgados. “Desde essa época isso se tornou uma das prioridades do Paysandu. Todos os meses, esse valor já está pré-agendado pelo financeiro. É uma prioridade, é um compromisso do clube com a Justiça do Trabalho e a Cível. Então, até meados de 2020, essa continua sendo uma das prioridades das diretorias Financeira e Jurídica do Paysandu”, prossegue o dirigente.
Os R$ 140 mil pagos por mês estavam divididos em R$ 60 mil para os ex-atletas Jobson e Arinelson; R$ 55 mil para o cumprimento de acordos na 6ª Vara do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT8) e R$ 25 mil que eram pagos a Gilson Grazinoto, através da Justiça Comum Cível. Em novembro, o Paysandu vai quitar a dívida com Jobson. A partir de então, o clube vai continuar a pagar R$ 60 mil por mês, mas o valor será destinado somente a Arinelson, que vai receber essa quantia até maio de 2020. “Infelizmente, essa é a realidade. Faz falta? Faz, porque a gente poderia estar usando esses R$ 140 mil em outras coisas, mas é uma obrigação do clube pagar as suas dívidas”, finaliza Alexandre Pires.