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Paysandu confirma compromisso com o CT e apresenta última licença para iniciar serviços

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O Paysandu Sport Club finalmente obteve a última das três licenças emitidas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) para autorizar o início da construção do Centro de Treinamento Raúl Aguilera, localizado em uma área de de aproximadamente 113 mil metros quadrados, no bairro de Águas Lindas, em Belém.

Único documento que ainda estava pendente, a Licença de Instalação foi assinada pelo novo titular do órgão, Pio Netto, no dia 11 de setembro e entregue ao clube no dia 18. Antes, o Paysandu já havia conseguido uma Licença Provisória e uma Autorização de Supressão Vegetal, ambas também concedidas pela Semma, além de um Alvará de Obras por parte da da Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb) e outras licenças da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) e da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa).

Foram cerca de 19 meses de trabalho intenso por parte do Paysandu junto às secretarias municipais da capital, a fim de garantir que todo o processo fosse executado da forma correta, com responsabilidade e seriedade, sem causar danos à natureza. "Isso realmente atrasa não apenas o Paysandu, como também todas as outras empresas que fazem as coisas legalmente. O Paysandu disse desde o início que não faria nada ilegalmente, então por isso nós não começamos a obra. É muito fácil falar 'começa e depois resolve', mas aqui não, não é mais assim que se faz. O Paysandu tinha prometido até para os gestores municipais que não faria nada enquanto não estivesse com todas as licenças. É a lei e nós temos de seguir. Podemos até não concordar com tudo que é feito para conseguir a licença, mas nós temos de cumprir a lei e foi isso que nós fizemos", afirmou o presidente Tony Couceiro.

Nos últimos meses, a Diretoria do Paysandu fez várias visitas à sede da Semma

O dirigente lembra que o clube deu entrada no primeiro pedido de licença para a obra no dia 3 de fevereiro do ano passado. "Para construir um prédio, por exemplo, demora entre um ano e um ano e meio para conseguir as licenças desde a hora que se compra o terreno, então eu considero normal esse tempo de espera, mas eu acho inaceitável isso, a gente demorar um ano e meio. Eu achei que ia ser um pouco mais rápido, infelizmente não foi, mas não por falta de empenho, realmente é a burocracia, é o peso do Estado, então não adianta reclamar. O que a gente tem que fazer agora é aproveitar que nós conseguimos tudo e tocar a obra", explicou.

Em maio deste ano, a Semma concedeu ao Paysandu uma Autorização de Supressão Vegetal que permite a retirada das árvores do terreno. Em seguida, o clube obteve a Licença Provisória, também da Semma, e o Alvará de Obras da Seurb. "Mas mesmo com essas documentações, nós não podíamos começar construir, porque para isso obrigatoriamente tem de ter a Licença de Instalação. A única coisa que poderíamos ter feito antes era a supressão vegetal, mas não adianta fazer a supressão vegetal sem começar a obra, porque se a gente suprimir e não fizer nada, a vegetação vai crescer e vamos ter de suprimir de novo a área em outro momento. Então agora nós temos todas as licenças completas e a autorização completa para começar a obra. Vamos continuar correndo atrás de recursos para começar a obra no nosso Centro de Treinamento", detalhou o presidente.

A área adquirida pelo clube tem aproximadamente 113 metros quadrados

De acordo com Tony Couceiro, o clube agora terá apenas de cumprir algumas condicionantes previstas em todas as licenças que foram concedidas. "O Paysandu precisa cumpri-las, mas o clube ainda está dentro do prazo para cumprir. Ou seja, isso não impede o começo da obra, então agora a gente tem de fazer monitoramento do ar, monitoramento de ruído, monitoramento de partícula, mas a gente tem de fazer uma antes de começar a obra e outras durante a obra", prosseguiu.

O próximo passo é contratar uma empresa para fazer a supressão vegetal do terreno. O presidente da Comissão de Obras do CT, João Bosco, que é engenheiro e também conselheiro do clube, explicou que as negociações já estão avançadas. "Devemos gastar cerca de R$ 140 mil para fazer a retirada das árvores, sendo R$ 80 mil para a empresa que fará o serviço e R$ 60 mil para uma empresa de consultoria que vai nos orientar a fazer tudo da maneira correta, com acompanhamento de um engenheiro florestal e de um engenheiro agrônomo. Essa consultoria é muito importante para garantir que tudo seja fiscalizado e feito da forma certa, sem risco de o clube ser penalizado com multa", disse.

O presidente Tony Couceiro alegou que o Paysandu não contratou antes a empresa que fará a supressão vegetal por causa da pendência da Licença de Instalação. "Com esse documento em mãos, agora a gente vai começar a tratar da ordem de serviço. Nós estamos tratando a parte financeira e estamos nos programando para começar a obra ainda esse ano", contou.

O terreno do CT Raúl Aguilera está localizado no bairro de Águas Lindas, em Belém

Finalizada a parte burocrática, Tony Couceiro comemorou o caminho livre para o início da obras no CT Raúl Aguilera. "Primeiro fica a sensação do dever cumprido por conseguir isso, mesmo sem estar satisfeito com o tempo que demoramos para conseguir as licenças. Tem muita gente que acha que essa parte é fácil e que construir é o mais difícil, mas não. Hoje é mais difícil a gente legalizar do que construir. E agora, é lógico, que bate a ansiedade de começar a obra, para a gente poder ter a primeira etapa do nosso CT pronto o mais rápido possível e começar a usufruir de um bem que foi comprado há dois anos e só agora que a gente tem a liberação para poder usar efetivamente", finalizou o presidente.

Ao todo, o Paysandu gastou mais de R$ 27 mil para obter todas as licenças junto aos órgãos públicos municipais. A Licença Provisória custou R$ 3.400,00, o Alvará de Obras R$ 18.085,61 e a Licença de Instalação R$ 6.254,96.

Vários dirigentes e colaboradores do clube estão empenhados com o CT

Os serviços vão começar em uma área de cerca de 25 mil metros quadrados. Depois que o terreno estiver preparado, outra empresa será contratada para construir dois campos de futebol e um pequeno alojamento com área administrativa. O trabalho no restante do espaço, de cerca de 88 mil metros quadrados, também será feito por etapas, de acordo com a evolução de cada serviço.

A expectativa é de que o Centro de Treinamento Raúl Aguilera fique totalmente pronto em um prazo de três anos. O projeto, que deve custar entre R$ 10 milhões e R$ 12 milhões, prevê a construção de cinco campos de futebol, hotel com auditório, refeitório, academia, piscina e departamento de saúde, além de um centro administrativo.

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