Uma história gigantesca, do tamanho da Amazônia brasileira, onde o rei da selva é um lobo. Já são 107 anos de glórias, soberania e conquistas de uma instituição que nasceu para ser a principal do Pará, mas que alcançou degraus muito mais altos e há décadas figura como a maior do Norte. Nesta terça-feira (2), o Paysandu Sport Club e sua imensa e apayxonada torcida celebram mais um aniversário da principal agremiação esportiva da região e também uma das mais expressivas do Brasil.

Os próprios fatos são os principais argumentos que sustentam o rótulo de maior campeão da Amazônia, que jamais foi dado ao Papão da Curuzu por acaso. Tanto que na região, o clube é o único bicampeão brasileiro da Série B; único campeão da Copa dos Campeões; único que disputou a Copa Libertadores da América; único bicampeão da Copa Verde; único que já ganhou tríplice coroa; é o maior detentor de títulos estaduais, com 48 troféus e o clube que mais vezes jogou o Campeonato Brasileiro da primeira divisão - 27 ao todo e único do Norte a disputar a Série A na era dos pontos corridos.

A grandeza do Paysandu também se estende às arquibancadas. Na mais recente pesquisa divulgada pela Pluri Consultoria, em janeiro deste ano, o Papão aparece em 22º lugar no ranking nacional de torcida. Em 2018, o Ibope Repucom colocava a Fiel na 19ª posição. A Nação Bicolor é ainda responsável pelos maiores públicos da história do futebol paraense, registrados em jogos contra Fluminense-RJ, pela Série B 1998, Cruzeiro-MG, na Copa dos Campeões 2002, e Boca Juniors-ARG, durante a Copa Libertadores da América 2003, todos disputados no Estádio Mangueirão.

A estrutura física do Paysandu também cresceu nos últimos anos. O Estádio Banpará Curuzu, que conta em seu interior com o Hotel Antônio Diogo Couceiro, ganhou dez novas salas em espaços que não haviam sido explorados antes. Outras áreas devem ser ampliadas e construídas nos próximos meses.

Já a Sede Social, localizada na avenida Nazaré, passou por revitalização no salão nobre e no Ginásio Moura Carvalho. A Sede Náutica, que fica às margens da Baía do Guajará, na Cidade Velha, também tem recebido reparos, para atender aos atletas das equipes de regata.

No entanto, o grande projeto do clube continua em execução e está cada vez mais próximo de ser inaugurado: o Centro de Treinamento Raul Aguilera. Nem mesmo as dificuldades financeiras impostas pela pandemia puderam paralisar as obras no terreno de mais de 100 mil metros quadrados, no bairro de Águas Lindas, graças a ajuda de torcedores e colaboradores. Em breve, o primeiro campo de futebol será entregue pela diretoria.

Para celebrar os 107 anos do Paysandu Sport Club, hoje, às 19h30, haverá uma sessão solene realizada pelo Conselho Deliberativo, na Sede Social, apenas para um número limitado e reduzido de convidados, em respeito às restrições determinadas no decreto estadual do Governo, a fim de conter o avanço da Covid-19 no Pará.

Pela manhã, às 9h, um representante da Diretoria de Responsabilidade Social do Paysandu irá até a Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, para entregar um enxoval da marca Lobo à família do primeiro bebê que nascer no dia do aniversário do clube.

Ao longo do dia, os canais de comunicação do clube também vão celebrar a data com publicações nos perfis oficiais do maior campeão da Amazônia.