
O dia 25 de outubro de 2014 foi muito especial para a Fiel bicolor. Nesta data, o Paysandu conseguiu garantir o seu retorno à Série B do Campeonato Brasileiro, em pleno ano do centenário do clube. Mas foi difícil voltar para a segunda divisão.
O Papão começou a Série C longe da sua torcida, com jogos de portões fechados em Castanhal. O momento mais difícil foi no dia 20 de setembro, quando o time bicolor dependia apenas de si para entrar no G4, mas uma derrota por 2 a 1 na Curuzu lotada deixou a classificação ameaçada.
Já no dia 4 de outubro, na última rodada da fase classificatória, o Lobo dependia de uma combinação de resultados para passar de fase, além de ter de vencer o Crac-GO. A vitória sobre a equipe de Catalão veio em grande estilo, 3 a 0, fora de casa. Mas os bicolores ainda precisavam de uma vitória do Águia de Marabá, que derrotou o Botafogo-PB, escapou do rebaixamento e ainda ajudou o Papão.
No jogo da ida, Papão venceu diante da Fiel, no Mangueirão
No mata-mata, o Paysandu enfrentou o Tupi-MG, dono da melhor campanha na tabela de classificação geral da competição. No dia 18 de outubro, no Mangueirão lotado, os bicolores venceram por 2 a 1. O jogo de volta foi disputado na cidade de Juiz de Fora, onde o Papão também venceu por 1 a 0, com um gol marcado aos 42 minutos do segundo tempo.
Para o herói bicolor, aquele momento mudou a sua carreira. “Esse gol representa tudo na minha vida, porque foi a partir dali que me conheceram melhor. Eu amo o Paysandu, amo Belém e eu me tornei mais um torcedor, isso não nego a ninguém. O ano de 2014 vai ficar marcado na minha vida”, revelou Ruan, ex-jogador do Paysandu.
Augusto Recife é o único remanescente daquela conquista de 2014
O acesso também marcou a história de muitos jogadores que participaram do elenco que subiu com o Papão. Um deles continua até hoje na Curuzu. “Foi um momento muito feliz na minha vida. Já tinha passado por grandes momentos de conquistas, mas essa eu nunca irei esquecer. Me lembro quando cheguei aqui naquele ano de 2014 e via uma torcida muito triste e ferida pela queda de 2013, mas também via uma diretoria comprometida, na época o Vandick era o presidente, uma pessoa séria e muito verdadeira nos seus compromissos e tínhamos um grupo de jogadores humildes. Eu aceitei essa desafio e graças a Deus conseguimos o objetivo maior daquele ano. Hoje eu sou Paysandu e fico muito feliz por ter entrado na história desse clube”, exaltou o volante Augusto Recife, único remanescente daquela campanha.
Com o retorno garantido à Segundona, o Paysandu seguiu no Campeonato Brasileiro e nas semifinais eliminou o Mogi Mirim-SP. Na final, ficou com o vice diante do Macaé-RJ, depois dois empates.