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Craque de seleção: O Paysandu também faz em casa

icone de bola de futebol

Poderia tratar-se de história perdida no tempo e no espaço. Ou, simplesmente, detalhes ocultos no mundo do futebol. Mas se está diante de um fato exposto a vista de qualquer curioso que aprecie o apaixonante esporte bretão.

O Paysandu ter seu nome gravado na história da Seleção Brasileira não é um incidente histórico, é fato. Tem de tudo, de campeão do mundo a jogador de amistoso.

O primeiro deles foi o místico Suíço, convocado em 1921 para disputar o sul-americano de Buenos Aires sem, contudo, chegar a embarcar para o Rio de Janeiro em virtude de um escândalo de desvio financeiro protagonizado pelo então Tesoureiro da CBD, Luiz de Navarro Meireles que fugiu com nada menos do que 150 mil cruzeiros.

O segundo viria a formar com o próprio Suíço uma dupla endiabrada que conquistou o bicampeonato estadual.  Mimi Sodré, até então ídolo do Botafogo, vestiu a “amarelinha” no campeonato sul-americano de 1913 e sete anos mais tarde presidiria o Paysandu. Mimi, que, aliás, é o primeiro personagem da história bicolor a levantar um caneco como presidente e atleta. Vandick, noventa anos mais tarde, igualaria o feito.  

Mais para a contemporaneidade tem o Quarentinha, o filho de certo atacante barbadiano, que deslumbrou na Curuzu surgido das categorias de base em 1951, para encantar o Vitória e o Botafogo (onde é um mito digno de estátua em General Severiano), até chegar a atuar por 17 partidas com a camisa da seleção brasileira de 1958 a 1966.  

Já em 1965, ano imortal para a galera bicolor, o maior goleiro bicolor em todos os tempos, Carlos Castilho, desembarcaria em Belém com dois títulos mundiais na bagagem (1959 e 1962), tendo ainda disputado mais duas copas do mundo em 1950 e 1954.

Depois dele, o irreverente ‘’beija-flor’’ Dadá Maravilha seria campeão do mundo em 70 ao lado de Pelé, Rivelino, Tostão, Jairzinho, Gérson e Piazza. Em 79, o folclórico artilheiro viria deixar saudades à Nação Bicolor depois de marcar 16 gols e se consagrar como ídolo, embora o Paysandu não tenha conquistado o título. Aliás, é bom dizer, que na sua estreia o Mangueirão testemunhou a presença de 64.010 pagantes, um dos maiores públicos da história do estádio.

Em seguida, certo lateral-direito começaria a criar o seu status de “nobre’’ bicolor, nobreza que também chegou a Seleção Nacional em 1992”. Charles Guerreiro, campeão brasileiro pelo mitológico time do Flamengo formado por Gilmar, Paulo Nunes e Zinho, participou do lendário empate com a Seleção Inglesa em Wembley, diante da Rainha Elizabeth II e em 1995 foi convocado pelo ‘’velho lobo’’ para o amistoso contra a Argentina em Bueno Aires, entrando no segundo tempo e ajudando o Brasil a quebrar um jejum de mais de 18 anos sem vencer os Hermanos em seus domínios. O “Príncipe” da Curuzu deixaria sua contribuição.

Pouco depois, particularmente em 1986, Édson Boaro atuaria com a camisa ‘2’ do Brasil no mundial daquele ano e em 1992, ao lado de Edil Highlander, levantaria o título do Parazão. Edson, é bom dizer, foi campeão pan-americano em 1979 com a  camisa canarinho.

Em 2003, para reforçar o elenco bicolor da inédita participação na Libertadores da América, o Paysandu trouxe o lateral-direito Rodrigo que atuou em três amistosos representando o Brasil contra Japão, Coréia do Sul e Argentina em 1995, coincidentemente substituído no segundo tempo desta partida pelo “Príncipe” Charles, jogo – como dito – da quebra do tabu de quase duas décadas sem triunfo brasileiro em gramados argentinos. Rodrigo atuou no futebol alemão em 1995, disputando 27 partidas pelo Bayern Leverkusen e marcando um gol.

Finalmente, ainda em 2003, para a disputa do Campeonato Brasileiro, Carlos Germano defendeu o gol do Paysandu na campanha que manteve o clube bicolor na elite do futebol nacional. O goleiro capixaba é um dos maiores goleiros da história do Vasco da Gama e conquistou a Copa América 1997 e o vice-campeonato mundial de 1998 diante da Franca de Zinedine Zidane.

Os craques acima mencionados desfilaram com o “status” de “selecionáveis” por essas bandas. Poderia destacar, dentre todos, os campeões mundiais Castilho e Dadá, mas enfatiza-se Waldir Lebrego, porque afinal, craque (de seleção) o Paysandu faz em casa. 

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